por Orson Peter Carrara
Vivi a feliz oportunidade de proferir a palestra de abertura do Mês Espírita de Limeira, no interior de São Paulo. Reencontrar amigos queridos e sentir o ambiente elevado e alegre da família espírita unida nos propósitos de divulgação do Espiritismo já é, por si só, motivo de intensa felicidade. Porém, uma experiência nova me aguardava.
Ao adentrar o recinto, deparei-me com embrulhos atraentes colocados em algumas cadeiras do grande auditório. Achei que fossem cadeiras deixadas reservadas por alguém que se ausentou por algum motivo.
Eu levava comigo uma dezena de exemplares de O Evangelho Segundo o Espiritismo para distribuição gratuita ao público, motivado pela sugestão de um dos personagens do livro O Abridor de latas, de Wilson Frungilo Jr., editado pelo IDE de Araras. No citado livro um dos personagens sugere que nós, os espíritas, passemos a esquecer o Evangelho. Não os ensinos, mas exemplares do referido livro em diferentes lugares onde possamos estar. E sugere ainda que possamos adquirir exemplares do citado livro para essa providência muito fácil e salutar, pois que os Benfeitores Espirituais se encarregarão de fazer chegar os ensinos confortadores e luminosos da preciosa obra a pessoas angustiadas, desesperadas ou em busca de respostas para seus desafios existenciais, a fim de que igualmente se beneficiem e se esclarecem sobre os inumeráveis questionamentos existenciais. Especialmente se nos referirmos ao capítulo V – Bem Aventurados os aflitos, de extremo conforto ao coração humano. A sugestão abriu em minha mente o mesmo procedimento com as demais obras da Codificação, o que tenho feito dentro das possibilidades e sugerido publicamente nas palestras aos demais amigos de ideal.
Qual não foi minha surpresa, na abertura do evento, quando foi anunciado que aqueles embrulhos nos assentos eram presentes para cada pessoa que ali comparecia.
Eram exemplares de O Livro dos Espíritos, gratuitamente distribuído aos participantes!
Aí, durante a palestra, não tive dúvidas. Durante a dinâmica de distribuição dos exemplares de O Evangelho Segundo o Espiritismo, tomei a liberdade de sugerir ao público, imaginando que a maioria ali presente já possuísse um exemplar de O Livro dos Espíritos em sua casa, na estante, para que “esquecesse” o presente da noite em algum lugar que pudessem estar presente, como cinemas, shoppings, consultórios, filas, padarias, ônibus, etc, para que esses luminosos livros alcancem outras pessoas, outras mentes que buscam respostas e ainda não tiveram a oportunidade que já detemos.
A feliz idéia contida no romance acima citado pode ser estendida para mensagens, jornais e revistas. É muito grave acumular-se mensagens avulsas, jornais, revistas e publicações espíritas sem circulação, cujo conteúdo pode promover grande ajuda atendendo as angústias e sede de saber de tantas pessoas que ainda não tiveram as oportunidades que já temos de conhecimento. Livros e mensagens, publicações e folhetos devem circular, pois somente assim cumprem seu papel e seu dever.
Sejamos nós, pois, os “esquecedores” dessas dádivas escritas, sejam livros ou simples folheto avulso, jornais e revistas, evitando acúmulos inúteis em nossas estantes e instituições. Circulando tais textos, estamos colaborando com a divulgação espírita.
Mas a história de Limeira ainda não terminou. Após a palestra fui surpreendido com duas caixas, contendo em torno de 160 exemplares, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, para distribuir em palestras visando que todos nós possamos continuar “esquecendo” o Evangelho…
Incrível como as ideias brotam e se multiplicam, sob ação de espíritos e espíritas… Integremos esse exército de divulgação nesse momento histórico da humanidade, onde o conhecimento espírita está fazendo toda a diferença.